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domingo, 30 de agosto de 2009

Os Sentidos do Vinho

É o nome do último livro que terminei de ler sobre vinhos. Escrito nos anos 80 por Matt Kramer , colunista genial da Wine Spectator (que na verdade segue mais o estilo mais objetivo e sem deslumbre da Decanter Magazine inglesa), o livrinho é capaz de desmistificar TODOS os mitos acerca da bebida, e derruba todos os esnobismos. Se você não entende nada de vinho, passará a entender. Se entende muito (ou acha que entende) vai perceber que metade do que você aprendeu lendo publicações especializadas e frequentando degustações (sérias ou não) não passava de esnobismo. E ainda, que há muito o que aprender sobre o assunto. Recomendo pra qualquer pessoa que aprecie vinhos. Ao final do livro, uma coletânea de receitas pra casar com os vinhos que ele ali destaca...

Esses dias andei aprontando na cozinha... Fiz sursild e gravlax pra esperar a irmã e cunhado, fora as guloseimas que comprei na feira com a sogra. Estava perdendo umas frutas, então no olhômetro bati as duas maçãs e umas 3 nectarinas no liquidificador, coloquei na panela com umas colheradas de açúcar (aromatizado com as sementes de amburana que a Claudia mandou), um pouco de vinho tinto, e larguei lá em fogo baixo por mais de uma hora. Quando voltei pra olhar, a mistura havia reduzido quase pela metade, então tirei do fogo. Ficou uma delícia. Hoje de manhã comi no café da manhã, com pão...

Mas o destaque da semana - a melhor pasta do mundo. Eu sou tarada por pasta - spaguetti, fusilli, penne, lasagna, raviolis, capelettis, o que for! Ontem no mercado (não na feira, no mercado normal) havia uma promoção de tomates orgânicos noruegueses. Cada caixinha vinha com um tomate amarelo, um vermelho, e vários tomates cereja amarelos, vermelhos, e alguns daqueles tigradinhos. Por 11 coroas (menos de 4 reais). Comprei 2, e em casa estava pensanso o que fazer com eles. Pensei em fazer tomate seco, mas leva muuuuittttoooo tempo, horas, e a quantidade de tomatinhos não compensava o trabalhão e a sujeira. Depois, pensei em preservá-los em azeite, mas me lembrei da última recomendação do FDA e do CDC americanos, de não fazer esse tipo de preserva com tomates. É que o óleo preserva também a bactéria do botulismo que eventualmente fique presa em gotículas de água. Associando ao alho, pior ainda. Conservas de alho em óleo são atualmente proibidos em restaurantes industriais e navios nos Estados Unidos. Como o alho tem baixa acidez, se for armazenado livre de oxigênio em temperatura ambiente, ele as condições favorecem o crescimento de Clostridium botulinum (botulismo).

Então, resolvi assar os bichinhos pra comer com macarrão. Cortei os tomatinhos cereja ao meio, espalhei numa assadeira com sal, pimenta, orégano e uma boa dose de azeite extra-virgem, 3dentes de alho com casca, e coloquei no forno a 200 graus por uns 15 minutos. Depois de cozidos, deixei esfriar. Transferi pra uma tigela de vidro, tirando os alhos assados das cascas e amassando bem. Misturei aos tomates, e acrescentei muitas folhinhas de manjericão fresco. Deixei na geladeira de ontem pra hoje. Hoje cozinhei fusilli, pus os tomates no micro. Depois de quente, ainda misturei uma colheradinha de pesto. Misturei tudo ao fusilli e mandei ver na frente da TV. O melhor macarrão do mundo! Até quem diz que não sabe cozinhar consegue fazer isso com muita facilidade. Sem fotos, fica só na imaginação. Fica a dica...


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