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domingo, 19 de fevereiro de 2012

Não resisti

E quem resite a um pão integral de centeio estilo Outback recém-saído do forno?

Essa receita é repetida, já postei aqui, mas a receita original eu tirei do blog da Claudia. Só que dessa vez usei farinha de centeio e de trigo orgânicas e intergrais, e o pão ficou pesadinho. Mas é bão, porque uma fatiazinha entope! Já que é domingão de Carnaval e isso não muda minha vida em absolutamente NADA! Tão bom...

Andei aprontando bastante nesses 10 meses de sumico do blog na minha cozinha. O motivo do sumico é que meu computador morreu. O HD tá inteiro, só a tela morreu de vez. Todas as fotos das comilancas que andei fazendi estão nele, e agora escrevo do computador do marido, e ainda nem descobri cadê o cedilha nesse teclado. Por isso o silêncio virtual. Quando resolver o que fazer com o computador, eu volto!

domingo, 10 de abril de 2011

O verdadeiro sabor escandinavo (ressucitando o bloguinho)

No outro blog havia subido um vídeo que me dei o trabalho de subir do canal de TV pro Youtube. É um programa norueguês sobre sabores do norte, mais precisamente Escandinávia. No primeiro episódio (que pode ser visto no outro blog ou no meu canal do Youtube) os peixes foram o destaque. Bacalhau e skrei na Noruega, o impressionante trechinho com halibuts (kveite em norueguês, ou   halibute em português) praticamante pulando pra fora do buraco no gelo na Groelândia,  lagostins nas ilhas Faro... Entre tudo isso, tem dois fabulosos chefs dinamarqueses mandnado ver na gastronomia molecular (eu tenho aqui pra mim que sejam os caras do restaurante Noma, de Copenhagen, hoje o melhor do mundo), fazendo coisas de chorar de lindas - e apetitosas.

O segundo episódio é sobre os sabores selvagens - e esse episódio dá muito a entender sobre os hábitos alimentares dos escandinavos (mais os noruegueses e suecos, e especialmente mais foradas grandes cidades mesmo). De todas as frutinhas do bosque (mirtilos, framboesas polares, framboesas, morangos selvagens, arandanos, oxicocos, gorselhas pretas e vermelhas e mais outras que nem é possível nomear em português (rognebær, krukkebær, blokkebær, etc,etc,etc) aos cogumelos selvagens (trumpetes e chanterelles, entre outros) e às carnes de caça, como alce, veado, rena, urso e as aves como  rype, ou galo-silvestre em português, e patos e gansos selvagens.

Você pode até aí pensando "tadinhos dos bichinhos", mas o fato é que a caça é extremamente regulada e os animais são consumidos quase que 100% (utiliza-se as peles também), com profundo respeito pelo que se caçou, como faziam os ancestrais deles há séculos e séculos. Além disso, os animais tiveram uma vida tranquila e feliz, e morreram com mais diginidade do que o porquinho ou a vaquinha ou o franguinho de abatedouros que você come quase ou  todo dia.

Entre linguiças e salamis, corações e línguas defumados, patês de fígado, aproiveita-se o animal inteiro, mesmo. E de todos, o único que ainda não provei foi o tal do urso, primeiro porque vivem na Suécia, segundo porque é caríssimo (tem um post aqui sobre isso).

Como disse antes, não precisa entender o que o sujeito fala pra entender o grau de delícia das gourmandises que ele apresenta, além das fabulosas paisagens outonais em todo o norte da Europa. Mas só pra matar a curisosidade, os chefs experimentais estão preparando carne de bisão europeu (musk ox) com caldo de bisão e purê de castanhas...


Em breve volto com os outros episódios - ou o link pra eles, se alguém se interessa.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Quando Jamaica e Noruega (e um pouquinho do Brasil) se encontram dentro de um forno...

Pelo final do último post deste abandonado bloguinho, é possível imaginar que nosso freezer esteja lotado de alce, ainda. Sim, está. Tudo que eu normalmente faria com carne moída de vaca eu faço com carne de alce moída. Acho que já expliquei aqui, mas a qualidade da carne moída na Noruega é péssima. A carne moída é pura gordura e tem um sabor horroroso. A carne de alce é magra, e quando moemos é carne pura.

Já fazia um tempo que eu andava com uma vontade animal de comer jamaican beef patties. São um tipo de pastel assado, que tem a massa parecida com a massa de empanadas argentinas, mas leva curry, e são amarelinhos. O recheio pode ser do que a imaginação mandar, mas os mais comuns são carne e frango. Quando o Freedom of the Seas aportava em Montego Bay, na Jamaica, todo mundo descambava do navio pra comer patties numa barraquinha no terminal portuário. Eram divinas, excelentes... Às vezes os oficiais também desciam na hora do almoço. Eu costumava trazê-las a bordo pro Lars... Comi patties também pelas ruas de Ocho Rios e mesmo em Miami, num botequinho caribenho no centro, perto da Flagler St.

Outro dia achei um monte de recheitas na Internet, faltava só o tempo. Hoje foi o dia, domingão de ressaquinha depois de um sabadão de balada em Bodø com os amigos do Lars.

Segui a receita quase à risca. O meu shortening escolhido (já que shortening é sinônimo de gordura em receitas de massa) foi manteiga, mas poderia ter usado por exemplo banha de porco ou gordura vegetal (éééééca!). Misturei a gordura e farinha no processador, é bem mais rápido e faz menos sujeira... Pro recheio, ao invés de carne de vaca usei a de alce, e ao invés de farinha de rosca (ou farelo de pão) usei farinha de milho do Brasil que ainda tinha em casa. Como não tinha pimenta Scotch Bonnet usei uma pimenta fresca produzida na Holanda, a única que achei no mercado ontem. O tomilho seco eu aboli e não fez falta...

A receita original está em inglês, então vou facilitar e colocar uma tradução expressa aqui...

Massa
2 xícaras de farinha de trigo peneirada
1/2 colher de chá de sal
1/2 colher de chá de curry em pó
1/4 de xícara de gordura (usei manteiga)
1/4 de xícara de margarina
1/3 de xícara de ágia gelada

Misture a farinha peneirada, o sal e curry numa tigela (se quiser, use o processador). Adicione a gordurae margarina e misture bem até ficar com textura de uma farofa. Adicione a água pra formar uma massa firme. Enfarinhe uma superfície lisa e abra a massa fininha (quanto é 1/8 de polegada, jisuis?). Corte círculos de 8 polegadas (usei um pires na verdade). Cubra com papel manteiga ou um pano úmido até estar pronta pra usar. A massa pode ser feita um dia antes e ser guardada na geladeira. Se o fizer, retire-a da geladeira 15 minutos antes de usar.

Recheio
2 colheres de sopa de óleo (usoazeite aromatizado com alho e alecrim sempre que cozinho)
1 cebola pequena finamente picada
250 g de carne moída
1/2 colher de chá de curry em pó
1/2 colher de chá de tomilho seco (não usei)
pimenta fresca a gosto
1/4 de xícara de farelo de pão ou farinha de rosca
1/3 de xícara de caldo de carne

Numa panela de fundo grosso, refoque a cebola com a pimenta no óleo até que a cebola esteja transparente. Adicione a carne, o curry, tempere com sal e pimenta e deixe a carne dourar um pouco. Adicione o caldo de carne e o farelo de pão e misture bem até que o líquido seja absorvido. A mistura deve ficar úmida mas sem escorrer água.

Coloque a mistura (umas duascolheres de sopa) numa metade de cada círculo de massa. Dobre a outra metade por cima da carne formando uma meia-lua, pincele o encontro de massa com água e aperte com um garfo. Pincele todos os patties com uma mistura de 1 ovo e 1/4 de xícara de água.

Asse em forno alto (200 graus) até que estejam douradinhos...


Meus formatinhos ficaram bem toscos, mas que ficaram uma dilíça, isso ficaram... Rendeu 10 certinho, como mandava a receita.

Servi com um saladão com tomate, cenoura, salsão, maçã verde, alface romana e beterraba, temperadinhos com azeite, vinagre e raiz forte. Foi tudo! E ponha um vidro de pimenta ma mesa, quanto mais ardentes, melhores as patties.

Pra quem quiser ir mais a fundo, existem trilhares de vídeos e receitas na net, algumas até bem mais interessantes que essa, e que dão inclusive muito mais trabalho. Mas nos contentamos com essa, que era só pra matar a saudade da Jamaica mesmo.

Ya, man, vi spis patty! Pra terminar de matar a saudade da Jamaica, ouça o vídeo abaixo... Patois purinho da Silva! Que delícia! Irie, Man!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Massa em casa e alce, muito alce

As sessões de pão feito em casa seguem firmes e fortes, entretanto apenas a cada duas semanas. Nas semanas em que trabalho de manhã é difícil. Mas nas que eu trabalho à noite e tenho vários dias de folga, é certeza de ter pão quentinho na casa... As experimentações continuam, e os pães que faço com o mix já pronto ficam (quase) sempre melhores. E eu sempre deixo eles crescerem duas vezes antes de por no forno.

Mas houve outro tipo de experimentação, e foi com massa feita em casa. Lá nos idos de 1999 eu comprei uma máquina italiana de fazer pasta. Dessas comuns mesmo. Ela foi muito usada no Pantanal, na época um amigo de curso de Chef foi dar um curso de pães e massas pra mulherada das cozinhas lá no hotel em que eu trabalhava. Depois a pobre máquina foi engavetada e ficou largada. No começo do ano resgatei a bicha e a trouxe pra Noruega.

E chegou o dia de usá-la... Parece trabalhoso fazer massa em casa, mas não é. A proporção clássica, à prova de erros, é sempre de 100 gramas de farinha pra 1 ovo, por pessoa. Obviamente, se você quiser colorir a massa, ou adicionar outros sabores, essa proporção pode mudar levemente. Mas então, num processador de alimentos, coloque os ovos e a farinha de acordo com a quantidade de pessoas pra que você vai cozinhar. Processe até que tudo pareça uma farinhona grossa. Depois despeje a mistura na mesa ou bancada e trabalhe até que fique tudo homogêneo. Mas, cuidado, você não quer trabalhar a massa em excesso, senão ela fica elástica. Depois de tudo misturado, faça uma bola, envolva em filme plástico e deixe na geladeira por meia hora, pra descansar... Enquanto isso vá fazendo o molho desejado.

Aqui entra outro exotismo nosso... Eu AMO molho à bolonhesa, mas MORRO DE NOJO da carne moída que vendem nos supermercados daqui. Isso porque é mais sebo e gordura que carne. Depois de refogada, a gordura toda fica na panela, a carne fica em grumos, pelotonas mesmo, um horror. Então ano passado compramos a máquina de moer carne, e desde então, compramos carne (seja de porco ou boi) e moemos em casa. Mas o mais comum aqui em casa em termos de carne moída é carne de alce mesmo...

Então, fiz bolonhesa de alce. Ficou divino! Lá vai a receita de um molho à bolonhesa simples, um tico mais à italiana que à paulistana, fácil de doer e bom de matar.

500g de carne moída (se quiser, use carne de vaca. Mas pode ser porco também, já fiz e ficou bom)
Uma cebola grande picadinha
Uma cenoura ralada
Molho de tomate (aqui, uso uma caixinha de molho de tomate longa vida , orgânico, comprado no ICA. Mas pode ser uma lata de tomate pelado, por exemplo, ou se tiver tempo, use tomates frescos, sem pele e sem semente)
Um tiquinho de vinho tinto
Sal e pimenta do reino moída na hora
Paprika em pó (uma pitadinha)
Molho inglês (não vivo sem!)
Azeite pra refogar. Use qualquer gordura que preferir...

Numa panela média, refogue a cebola e cenoura no azeite. Quando estiver tudo bem refogadinho, ganhando cor dourada, acrescente a carne. Tempere com sal, pimenta, molho inglês, paprika, e deixe dourar, mexendo sempre. Depois que a carne estiver fritinha, coloque o vinho tinto (suficiente pra fazer tudo o fundo da panela desgrudar, mexa bem raspando com uma colher de pau), e deixe que ele ferva. Quando ele começar a secar, acrescente o molho de tomate. Deixe ferver por uns cinco minutos. Se quiser acrescentar ervar (secas ou frescas), pode fazê-lo agora. Pronto. 10 minutos no máximo!

Enquanto você fez o molho, já deve ter dado tempo de a massa descansar na geladeira. Antes de começar a abrir e cortar a massa, tenha já à mão uma panela com água fervente e sal.

Corte a massa em pedaços não muito grandes - como eu aqui faço pra dois ou três, corto ao meio. Abra um pouco essa massa com as mãos, numa superfície enfarinhada. Aqui em casa, a bancada ao lado do fogão é longa, perfeita pra ter a máquina presa à ela. Então, o negócio agora é começar a abrir a massa com a máquina, começando no 1, depois 2, 3, e assim por diante. Eu não trouxe os cortadores de massa da máquina, porque eram muito pesados. Eles virão ano que vem! Então por enquanto corto com faca ou cortador de pizza mesmo... Na minha máquina, a massa depois de passada no número 6 já tava bem fininha...









Na foto acima, a massa pendurada nos racks pra vinho que temos na cozinha, enquanto ela não vai tomar banho fervendo...

O melhor da massa fresca - leva uns 3 minutos pra cozinhar! Depois de escorrida, jogue direto no molho, e daí é só ajoelhar... Eu sou tarada por parmesão ralado, então ponho bastante. Nesse dia, a sogra veio almoçar aqui - era um Domingo. Acho que não preciso dizer que não sobrou nadica de nada, né?

As variações são muitas... Mas aqui em casa, tagliatelle e lasagna estão de bom tamanho. Quando voltar do Brasil, terei o cortador de ravioli. Daí ninguém me segura. As variações de molho também. Eu faço muito molho de tomate, mas também faço molho branco, às vezes até com peixe...

Numa outra ocasião, resolvi fazer massa de lasagna com farinha integral. Minha farinha de trigo integral não era moída muito fina, era bem granulada. Mesma proporção, 1 ovo pra 100 gramas da farinha, processei, misturei, embolei, enrolei, gelei - e apanhei... A massa depois de gelada ficou quebradiça, ao passar pela máquina ela simplesmente esfarelava... Então tive que abrir bastante com a mão antes de passar pela máquina, mas acabou dando certo.

Fiz um bolonhesa de alce e um béchamel falso (porque fiz rapidão), e usamos toneladas de queijo... Para o béchamel falso, uso uma colher de sopa de manteiga e uma de farinha, que são cozidas juntas numa panela até formar uma pastinha. Então acrescento meio litro de leite (uso desnatado), aos poucos, mexendo bem com um fouet (batedor de arame pros não-culinários) até engrossar e a textura de farinha sumir, o molho fica liso e sedoso... Tempero com sal e noz-moscada moída na hora. Na forma de lasagna, começo com um pouco de molho no fundo, então a massa, depois mais molho bolonhesa, queijo, molho branco, mais massa, etc, etc, até completar. A última camada é de queijo, e aí colocamos fatias de Jarslberg...



Eu e Lars devoramos metade dessa lasagna, que foi feita num dia em que Lars foi buscar sua parte de um dos alces que ele e seu grupo de caça pegaram esse ano. Nesses dias, ele chega em casa com uma caixa plástica imensa com muita, muita carne em estado semi-bruto. E nós temos que limpar, embalar e etiquetar pra guardar no freezer. Nesse dia Lars trouxe uns ossões. Resolvi fazer caldo de alce com eles, pra futuramente usar em sopas e molhos.

Aqui meu açougueiro iniciando os trabalhos, e logo abaixo o fruto da quinta parte de um alce de 300 kg mais ou menos...



Foi um dia bem intenso na cozinha!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Pão, manteiga e queijo (publicando um post atrasado)

Sim, a Noruega é o país do pão gostoso... Todos que vem de fora tem a atenção voltada para a qualidade dos pães que se consome por aqui. Norueguês em geral aprecia o pão integral, seja de trigo, centeio, espelta ou outros grãos... Pães brancos também são consumidos, mas tem funções especiais. Por exemplo, com camarões pré-cozidos que se compra nos barcos no píer, só pão branco, que eles chamam de loff. Os pães que encontramos pra comprar nos supermercados são semi-caseiros, inteiros, podendo ser fatiados no mercado, em máquinas especiais, ou trazidos inteiros para casa. É possível encontrar pão de forma industrializado tipo os Pullman da vida, mas pra que? Pros que sentem falta, há pãezinhos franceses e baguettes congelados ou semi-prontos que você acaba de assar em casa, mas nos lares noruegueses eles não são muito populares.

Os noruegueses comem mais pão que outros povos europeus, até os suecos reclamam... Pão de manhã, no almoço e antes de dormir... Mas é fácil se adaptar, pra quem gosta de pão.

Nada melhor que pão feito em casa, quentinho e com manteiga derretendo. Bem, por essas bandas você não precisa ser mestre padeiro pra alcançar esse prazer em casa. Nos mercados é possível comprar misturas de farinha prontinhas. Só é preciso adicionar o fermento seco (fermento biológico, aquele granuladinho) e água, seguir as instruções, e PUF! Pão quentinho em casa. Até pouco tempo eu ainda não havia comprado nenhuma mistura pronta, estava fazendo tudo do começo. Até que um dia deu uma vontade de comer boller, uns pãezinhos doces com sabor de cardamomo que vende en tudo que é fast café (Seven Elevens da vida) e posto de gasolina. Podem ter passas, chocolate ou serem purinhos. Quentinhos são tudo de bom. Então comprei um pacote de mix pra boller no mercado e fiz em casa. Tão fácil quanto 1-2-3... Lars adorou a idéia.

Essa semana estou de licensa médica porque tirei a coluna do lugar, e fiquei em casa todos esses dias. Já fazia um tempo que eu tinha achado uma coluna do LA Times, de um cara que cozinha em casa. Acho que ele é fazendeiro, pois tudo o que sobra ele dá pros porcos! E ele publicou uma receita de ricota caseira. Fazia séculos que eu queria fazer queijo branco aqui, já que o leite também é de excelente qualidade. Mas e pra achar o tal coalho líquido, ou em pó? Impossível, não tem... E pra fazer a ricota caseira, também precisaria de outro ingrediente prontamente achado em mercados nos EUA e Inglaterra, mas não aqui: buttermilk. É o soro que sobra quando se faz manteiga. E, depois de dias de pesquisa na net, descobri, no próprio site da Tine (o maior produtor de laticínio daqui, e creio que meio estatal), que é possível fazer manteiga em casa, a partir de creme de leite fresco ou creme azedo (sour cream), que eles chamam de rømme aqui.

Quem já errou a mão fazendo chantilly e passando do ponto? É por aí... Gorduroso, melequento, mas funciona. Pus 1 litro de creme azedo na batedeira e bati, bati, bati, primeiro em velocidade baixa, depois fui aumentando. Num certo ponto, o troço quebrou, ficou tipo talhado, com um líquido esbranquiçado e uns pedaços amarelos. O próximo passo é separar a parte amarela e comprimir, apertar bem, com as mãos, tirando a maior parte de líquido possível. O líquido é o tal buttermilk. Quanto mais você conseguir apertar e tirar líquido da manteiga, mais ela dura. Se não usar todo o buttermilk, você pode congelar, como eu fiz...

A minha manteiga ficou assim... A foto tá péssima porque era noite, e a luz da cozinha é fria e as bancadas são negras. O chefinho é meu timer, e sempre que ele aparece na foto, pode apostar que foi o Lars o autor da foto!

Acrescentamos sal grosso moído na hora, e pronta pra usar. (Nota póstuma - a manteiga durou 2 semanas. Eu usei basicamente pra cozinhar, e nos últimos dias ela tava com um leve aroma de queijo, mas tava no finzinho mesmo).

Nhoc!

E daí foi fazer a tal ricotta. Segui a receita à risca, mas confesso, apesar de ter ficado com um sabor incrível, a textura ficou esquisita, um tanto elástica. A ricota não dura muito, deve ser usada quando feita. Mas, um litro de leite rendeu nadica de nada. Usei 1 litro de leite semi-desnatado (1,5% de gordura) orgânico da marca Coop-ängla. Rendeu uns 100 gramas de queijo...

A cara da ricota, ainda na panela...


Nhoc outra vez!


O pão no qual essas deliciosas iguarias repousam (ou esperam pra ser devoradas!) é o pão de centeio estilo Outback do blog da Claudia (claro!). Além dele, também apareceram na festa uns boller (ponho boller porque já é no plural em noruguês, o singular seria bolle). Comprei o mix da marca Regal, é fácil de usar, e em outras ocasiões eu acrescentei confeito de chocolate (tipo Confetti), ou passas, ou cranberries secas...


Teve mais pão, uns deram certo, outros não. Os com farinha integral são mais difíceis de acertar, demoram mais a crescer, mas a gente vai aprendendo. Todo dia de folga eu faço pão...

Em breve um post sobre pasta e carne de alce!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Um post para a Luciana Håland

Provando que eu desastrada, um pouco relaxada, mas nunca mal-educada... Num comentário no outro blog ela perguntou sobre espuminha de leite nos cafés e chais. Então lá vai...

Começa pelo aparelhinho pra fazer a espuma de leite, reproduzindo a que as máquinas de café espresso fazem usando vapor. Mas não precisa tanto... O meu mequetrefe aparelhinho eu adquiri em Tromsø, e tem até estampa de vaca. O único contra é que o bicho é movido a pilhas. Mas eu uso das recarregáveis, menos mal.

Pra quem é mais abonado, e vive aqui na Noruega (ou na Escandinávia), existe um da OBHNordica que é um sonho... Mas o meu mequetrefe custou 149 coroas, então valeu!

Pra fazer a espuminha, você aquece um pouco de leite (não tentei com o leite frio ainda...) no microondas ou no fogão mesmo. Coloque só um tiquinho de leite num copo ou caneca altos, pois o leite sobe e pode acabar transbordando. Fiz até um filminho sobre como o troço funciona, mas a anta aqui não tá conseguindo subir pro Youtube nem pro Blogger, então deixa pra lá...

Depois é só colocar a espuminha na xícara ou caneca de café ou chai, e pronto!



Quanto aos chai, chai é um chá com especiarias, típico da Índia. Os indianos herdaram dos ingleses o hábito de adicionar leite ao chá, e no fim eles fazem chá no leite... Você (Lu) acha fácil em supermercados aí, eu acredito. Eu prefiro comprar o da Yogi, orgânico, que eu compro no Rema 1000, e acredite, se eu acho aqui no fim do mundo, você com certeza acha por aí. Quando não tem Yogi, compro o da Twinings mesmo, que não é orgânico.

terça-feira, 30 de março de 2010

Aprontando pra Páscoa

Amanhã vamos pro chalé, ficamos lá até Domingo de Páscoa. A sogra já está lá desde Domingo cedinho. Faz sol, e a previsão é de tempo bom! Então será tempo de churrasco... Acordei hoje inspiradérrima e já me meti logo cedo na cozinha.

Comecei com o pão, o falso brioche da Cláudia. Hoje ele ficou especialmente leve, porque misturei o fermento com a água morna, sal, mel e açúcar e esperei uns minutinhos antes de adicionar os ovos e a farinha. O bicho cresceu horrores. Olha o antes e depois dele... Ah, e ficou mega especial porque ficou com um defeitinho de fabricação, mas não tem problema, ele veio ao mundo pra nos fazer feliz de qualquer jeito! Deu pra ver que ele cresceu tanto que caiu pra fora da forma e assou do mesmo jeito?

Enquanto o bicho crescia, fui logo fazendo um bolo de maçã com cenoura que é uma delícia. A primeira vez que fiz, comemos em um dia e meio! Para o de hoje, eu não tinha cranberries secas (oxicocos em português), então usei passas brancas.



Bolo de maçã e cenoura

1 xícara de maçãs raladas
1 xicara de cenouras raladas
2 xícaras de açúcar (eu uso 1 de açúcar mascavo e meia de açúcar refinado, depende do gosto)
3 ovos
1 xícara de nozes picadas (use as de sua preferência, sendo pecãs extremamente recomendáveis. Eu usei amêndoas)
1 xícara da fruta seca de sua preferência (oxicocos, passas, damascos, etc)
1 xícara de óleo
2 colheres de chá deextrato de baunilha
2 colheres de chá de fermento em pó
1 colher de chá de canela em pó
1 colher de chá de cardamomo em pó
1 colher de chá de sal

Modo de preparo
Não poderia ser mais fácil! Misture de uma vez só todos os ingredientes numa tigela grande. Mexa bem até que tudo esteja bem incorporado.

Asse em forma untada com óleo em forno a 180 graus por 25 a 35 minutos, ou até que um palito saia seco. Espere esfriar totalmente antes de desenformar.

Para comer junto com um cafezinho ou uma bela xícara de chá.

E enquanto o bolo tava assando, enrolei o pão e botei pra crescer de novo. Enquanto isso fomos às compras.

Na volta, botei o pão pra assar e preparei o almojantar. Domingo Lars fez uma bela perna de cordeiro assada. Sobrou um monte, e hoje resolvi fazer um tagliatelli com ragú de cordeiro. A pasta era industrializada, claro, mas serviu. Ragú é a resposta italiana pra sobra de carnes. Fez um assado, sobrou muito? Ragú. Pode ser de vaca, carneiro, cabrito, pato, qualquer outra carne de caça. Só não pode ser carne muito delicada porque o cozimento é longo.

Ragú de cordeiro
300 g de sobra de carne de cordeiro, picada bem miudinha (Lars fez o serviço!)
1 cebola média picada
1 talo de salsão picado
1/4 de um alho porró picado
2 cenouras médias raladas
1/2 xícara de vinho tinto
1/2 xícara de água
1 lata de tomates pelados
1 pitada de açúcar
2 folhas de louro
2 raminhos de alecrim
1 pau de canela
folhas de salsão
sal grosso e pimenta do reino
Pimenta calabresa em flocos

Refogue em azeite a cebola, salsão, alho porró e cenoura até que estejam douradinhos. Acrescente a carne, refogue um pouco mais. Adicione o vinho tinto, mexa bem e abaixe o fogo. Deixe ferver e acrescente os tomates pelados, esmagados com as mãos mesmo, mais o suco da lata e a água. Jogue então a pitada de açúcar. Quando começar a ferver, acrescente todas as ervas e a canela. Deixe que ferva em fogo bem baixo, por aproximadamente 40 minutos. Por último, tempere com sal grosso e pimenta do reino moída na hora. Retire as folhas de louro e salsão, os ramos de alecrim e a canela.

Pode ser servido com pasta, ou mesmo com pão.

Detalhe da segunda foto - nossa nova mesa da cozinha. Ela é alta como uma mesa de bar...

Enquanto o ragú fervia, o pão ficou pronto, e então fui fazer uns bolinhos bonitinhos pra agradar a sogra, ela adora as coisas diferentes que eu faço. Comprei até umas florzinhas de açúcar no mercado pr adecorá-los. Eu sou a própria Babette da família Hareide! Tava com uma vontade ardente de algo sabor abacaxi com coco. Peguei uma receitinha fácil na internet, que usava abacaxi em lata, já que o abacaxi que se encontra por aqui vem da Costa Rica, ou qualquer outro lugar do Caribe. Não tem gosto de nada porque viajam verdes...

Ficaram lindinhos os bolinhos. Só metade com florzinha, porque no pacotinho só vinham 6 e eu achei que eram 12.




Pra finalizar esse dia de expediente - porque foi como se fosse um dia de trabalho, rendeu! - fizemos uma espéciede kaftas pra churrasquear no chalé. Espécie, porque de kafta só tinham o formato. Eram praser linguiça, mas hoje não tinha tripa no mercado, então improvisamos. Da última vez, fizemos hambúrguer (semana retrasada, acho) e ficaram divinos!

Compramos carne de porco levemente defumada e moemos em casa. Misturamos com carne de alce já moída que tínhamos, e temperamos com um dente de alho, uma cebola pequena, meia pimenta dedo-de-moça (tem hífen co´essa gramática nova?), alecrim e orégano frescos, ervas secas e pimenta calabresa mais pimenta do reino branca moída. O resultado só saberemos depois de comer. Mas que o hambúrguer da semana passada (retrasada?) ficou bom, isso ficou!

O hambúrguer da semana retrasada...




Alguém nota que Lars foi o fotógrafo dessas duas últimas obras de arte? O chefinho é o meu timer, e embaixo dele o apoio de travessa de alce que ele adora... Esse meu marido...

Feliz Páscoa! God Påske!

sexta-feira, 5 de março de 2010

Tava devendo...

os biscoitinhos natalinos que fiz pras crianças. E nossa, o Natal parece ter ficado tão longe...


A idéia dos biscoitos Hello Kitty pra Sofia foi tirada daqui do The Cookie Shop. Claro que osdela ficaram mais bonitos... Mas comprei os cortadores de biscoito no Brasil pela Internet e minha mãe me mandou. Comprei a massa de biscoito de gengibre pronta no mercado, cortei com o cortador, depois pincelei xarope de glucose (Karo no Brasil, syrup aqui), e coloquei marzipã - também comprado pronto, aberto feito massa e cortado com o mesmo cortador) por cima. Os olhos e bigodes foram feitos com canetas de tinta comestível que também comprei pela Internet, numa loja de Oslo. O nariz e laços foram feitos com confeitos comprados prontos...

Pro Erik não ficar com ciúmes, pra ele fizemos cachorrinhos de biscoito, tirados daqui do Chocorango. Mas não deu certo rechear os nossos com brigadeiro - que acabamos comendo com colher mesmo! - então ficou só biscoito mesmo. A receita tá lá no Chocorango.

E aquela também foi a fase de fazer pão, só porque minha fada inspiradora Claudia andou postando uma receitade falso brioche, que é dois palito de fazer e fica uma beleza de lindo, e absolutamente delicioso. A receita tá lá no Sabor Saudade...


E já descobri que, no escurão do inverno, fazer fotografias na minha cozinha não é uma boa - as fotos ficam todas amareladas, horríveis.

Mas por enquanto é isso... Esse pobre bloguinho não via atualização há dois meses, então resolvi dar um up nele. Ainda estou trabalhando na série "Aprenda a fazer .... com os Hareide", mas tá difícil. Estamos planejando construir nosso defumador no chalé este verão, então estamos às voltas com esse projeto... De pouquinho a gente chega lá!


sábado, 12 de dezembro de 2009

Serinakake e flatbrød

Devagar e sempre. A falta de atividade por aqui não significa que meu forno também anda parado. Pelo contrário... Começando pelos biscoitos natalinos serinakake, que eu assei há umas 3 semanas. Segui uma receita de revista de supermercado. Acho que não saíram como deveriam, mas ficaram umas bolachonas gostosas...

150 g de manteiga
250 g de farinha de trigo
2 colheres de sopa de fermento (exagero da receita, usei menos de uma)
2 colheres de sopa de açúcar baunilhado
100 g de açúcar
1 ovo
1 clara
açúcar cristal grosso
amêndoas torradas

Bata o açúcar com o ovo. No processador, misture a manteiga com a farinha, fermento e o açúcar baunilhado. Junte a mistura de farinha ao açúcar com ovo. Misture rapidamente até a massa ficar uniforme e maleável. A receita original pede saco de confeitar - o que eu não tenho, então fiz bolinhas e achatei. Então você deve fazer uma marquinha com um garfo no meio do biscoito, pincelar com a clara, salpicar com açúcar cristal e amêndoas picadas e assar até que estejam levemente dourados.

Pois bem, vejam meu resultado comparado com a fota da revista...




Não sei se ficaram o perfeito biscoito natalino, mas com café estavam de matar!

E Dona Claudia, mesmo correndo, de vez em quando publica umas coisas no blog dela que não dá pra não querer reproduzir, pois só falta sentirmos o cheiro... Então fiz uma torta estilo cheesecake, de queijo cremoso com o doce de leite Hapå. De chorar... A original no Sabor Saudade. E durante a semana, vai dando vontade de comer doce, a gente vai fazendo...

Ainda no espírito natalino, quinta feira fui à casa da sogra, pra fazer, com ela e Sylvia (a esposa do cunhado) o famoso e tradicional flatbrød... Sylvia trouxe a massa (que leva leite, farinha integral, xarope de glucose entre outras coisas) pronta. Então foi só abrir e assar num aparelho especial...

Começa com uma pelotinha, e com um rolo normal, você vai abrindo, abrindo, depois com um rolo especial, abrindo mais, até que esteja fina como um tecido. Daí é colocar na chapa elétrica...





Depois de uma hora e meia abrindo massa, tive que ir trabalhar. Dia seguinte amanheci com dor nos músculos do abdômen e dos antebraços, pelo esforço! Deu até vontade de abrir uma fábrica... Pra manter a forma...

E hoje, bolinhos de chocolate com laranja... Pra ajudar na recuperação da ressaca! Sem foto, pois foram devorados...




terça-feira, 17 de novembro de 2009

Série Faça Você Mesmo - Aprenda a fazer linguiça com Lars e Camila Hareide

Pois é, o blog estava paradinho. Mas isso não significa que não andei aprontando na cozinha. Aprontei, mas não contei. Agora foi necessário contar, porque, apesar de toda a preparação ter sido hilária, ela é de certa forma de utilidade pública.

Pois bem, começou assim... O hotel estava vazio, vazio, então foi um fim-de-semana tranquilo. Sábado de manhã fomos ao mercado comprar tripa (na verdade intestinos) de porco e banha de proco pra tentar fazer linguiça de alce no domingo. Resolvemos fazer uma linguiça mista, de alce e porco, só pra garantir... A gordura é necessária, pois a carne de alce é muito magra. A gordura ajuda no sabor e também na "liga" da linguiça, assim li na minha bíblia do CIA. Compramos também mais temperos, tipo pimenta caiena em pó, pimenta do reino branca, alho japonês (aquele alho que a cabeça toda é um só dentão de alho, sabe?), entre outras cositas.

Chegou o dia, e lá fomos nós, munidos de uma receita (que na verdade foi um apanhado de receitas das quais escolhemos as partes mais interessantes), a máquina de moer carne (e encher linguiça, rsrsrs), e os ingredientes em si:

mais ou menos 2 metros de tripa de porco (poderia ser de carneiro também)
500 g de carne de alce moída
150 g de lombo de porco moído
250 g de gordura de porco salgada e moída
pimenta do reino branca
pimenta caiena em pó
cominho em pó
alecrim seco
um dente de alho
uma cebola pequena
uma pimenta dedo-de-moça
cardamomo em pó

Começamos colocando a tripa no enchedor de linguiça, o que por si já causou muita gargalhada... A tripa vem toda enrugada e embaraçada, e em certos momentos foi necessário soprar pela extremidade oposta do enchedor de linguiça.



Depois fomos moendo a carne, primeiro no moedor com furinhos maiores (temos 3 tamanhos de furinhos).



Uma vez bem moídas as carnes e a gordura, temperamos tudo com os temperos secos (usamos muita pimenta, um tantão de alecrim, um pouquinho de cominho e cardamomo). Deixamos marinando, digamos assim, enquanto passei a cebola, o alho e a dedo-de-moça no processador, pra triturar bem. Depois acrescentamos toda a carne moída e meio copo de água gelada (só porque a receita pedia, acho que serve mesmo pra manter a mistura fria). Optei por fazer uma linguiça mais salsicha que linguiça. Achei que com a massa lisa teria menos chance de dar errado. A próxima tentativa seráuma linguiça mais rústuca e pedaçuda, a lá portuguesa... Enfim, continuemos.

Depois de tudo pronto, montamos a máquina de linguiça no modo encheção de linguiça.

E amarramos a extremidade da tripa com barbante, só para garantir. Cuidado que essa próxima foto ficou estranha...




E assim fomos enchendo uma a uma, parando ao final de cada, amarrando as extremidades com barbante. Algumas arrebentaram, outras ficaram deformadas, mas pra primeira vezes tava de bom tamanho...

Nossa produção rendeu 8 linguiças, que eu planejava preparar na Segunda com arroz, feijão, couve e purê de abóbora que eu também havia comprado no mercado...



Entretanto, lembrei que a nossa linguiça não tinha nenhum tipo de conservantes além do sal - que usamos pouco. Portanto, achamos por bem cozinhar as linguiças para guardá-las até o dia seguinte.

Depois de cozidas, tiveram que ser provadas, obviamente. E não é que deu certo? Ficaram bastante apimentadas e pouco salgadas, mas no geral muito gostosas. E o melhor, feita por nós! Sem nada artificial...


E pra nos dar maior orgulho das nossas linguiças, depois de prepará-las assistimos ao The F Word do Gordon Ramsey. E ele trouxe uma matéria exatamente sobre salsichas inglesas. Veja você mesmo - mesmo não entendendo o inglês, é possível VER o que vai nas malditas salsichas econômicas das grandes redes de supermercados ingleses...



Pois é... Nossa salsicha tinha 25% de gordura, mas ao menos sabíamos disso! E na próxima, dá pra diminuir a quantidade de gordura de porco, com certeza.

Ontem cozinhei um feijão borlotti (quem não tem cão...), fiz purê de abóbora, e refoguei uma espécie de couve norueguesa chamada grønnkål. Seguramente uma prima das couves, gostosa até, mas com o talo muito grosso e fibroso, então tirei o talo e aferventei a bicha por 2 minutos em água salgada e dei banho gelado depois. Só então refoguei com alho, cebola e um tiquinho de bacon magro.



As salsichas/linguiças foram cortadas em rodelinhas, e refogadinhas com cebola. Tudo bem abrasileirado, com farinha de mandioca ao lado! Isso pra mim é comfort food, palavrinha feia inventada pela turma dos foodies - outra palavra que eu odeio - mas que traduz a comidinha de casa, quentinha pra um dia frio, que mata saudades, que nos faz felizes se estamos tristes, ou ainda mais felizes e plenos se já estamos felizes (meu caso no momento!).

O próximo post da Série Faça Você Mesmo vem logo - preciso editar milhares de vídeos.